Fojupe inicia diálogo com as gestões municipais da Região Metropolitana do Recife


No dia 13/11, na sede da Etapas, aconteceu a Roda de Diálogo ampliada organizada pelo Fórum das Juventudes de Pernambuco (Fojupe) sobre “Políticas Públicas de Juventude e Governos Eleitos na Região Metropolitana do Recife”. Estiveram presentes o secretário de Juventude de São Lourenço da Mata, Adalberto Legal, e os representantes das Prefeituras de Igarassu, Jaboatão dos Guararapes e equipe de transição de Ipojuca. Além de alguns candidatos a prefeito, vereadores e outras pessoas interessadas no debate de políticas públicas de juventude. O objetivo foi iniciar um diálogo permanente com as gestões municipais da Região Metropolitana do Recife sobreas perspectivas de Políticas Públicas de Juventude nos municípios.

Na ocasião, foram entregues as demandas e proposições das juventudes sistematizadas durante os Ciclos de Debates que culminaram com a elaboração de plataformas regionais com propostas defendidas pelas juventudes para cada Região de Desenvolvimento. Foi apresentada a necessidade de dialogar com os próprios prefeitos eleitos, a partir de janeiro de 2013. Além disso, será elaborada uma agenda com a Secretaria Nacional de Juventude, Severine Macedo, que inclui a realização de novas rodas de diálogo com os demais secretários da Região Metropolitana do Recife.
O Fojupe realiza uma articulação entre grupos, redes, organizações e movimentos que defendem as questões juvenis. Proporciona um espaço de reflexão sobre as organizações e suas condições sócio-políticas de atuação, inserção e controle das Políticas Públicas, em especial as dirigidas às juventudes. Nele as juventudes atuam como sujeitos de direitos.

RODA DE DIÁLOGO COM PREFEITOS ELEITOS DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE

Convite para roda de Diálogo com prefeitos/equipes de transição e jovens... As juventudes abrindo um canal de comunicação com os novos governos municipais. Compartilhe essa idéia, juventude é atitude, qual é a sua?

EM RODA, O DIÁLOGO SOBRE A UTOPIA DO AMANHÃ?

A Utopia do amanhã?
Qual é o nosso poder de fato? O que tem mobilizado a juventude hoje, organizada ou não? Em torno de que a gente tem se mobilizado?
Como diz Ferreira Gular: “No mundo há muitas armadilhas e é preciso quebrá-las...”
Como quebrá-las?
O pensar põe em risco todas as coisas... O “autonomizar” coloca em risco certas estruturas, muitas já cristalizadas.
Ao olharmos para o termo protagonismo juvenil e sua defesa... Não é como estar encenando uma história já contada? Protagonizando cenas já definidas? É uma ilusão de poder fazer da juventude?
Quem determina a história?
O mundo, atualmente, é determinado pelo poder da economia? Francisco de Oliveira afirma, “a política foi colonizada pela economia”. Quem domina são os números?
Pode se dizer que o desafio de transformação perpassa uma questão estrutural ou conjuntural da nossa sociedade?
O Estado se apropriou do sujeito político? Só votamos e pedimos por ou à?
Como mudar as regras do jogo?
Silvio Galo nos trás algumas luzes:
  • Autonomia individual: todo ser é uma célula integrante nos processos coletivos. “todo coração é uma célula revolucionária”.
  • Autogestão social: relações horizontais, processos de decisões com “menos” hierarquias.
  • Ação direta: nós construímos a própria vida.
  • Internacionalismo: necessidade dos movimentos se integrarem. Uma visão integral e sem barreiras, para o fortalecimento das ações e lutas dos movimentos.
Como buscar outros referenciais de formas de se relacionar? Precisamos rever constantemente o que estamos fazendo. A nossa estrutura está doente.
É normal nos depararmos com as vulgarizações de conceitos importantes para a nossa sociedade, como: autonomia, emancipação, participação e mobilização. O texto, Protagonismo da sociedade civil, de Gonh, trás importantes provocações. Convida-nos a refletir: Para que autonomia?; Para que participação?; Para que emancipação? Para que mobilização? Ou seja, De que forma agiremos? Qual será a nossa postura? Com quem nos relacionaremos? E como serão essas relações?
Existe a formal ideal? Temos poder de fato para concretizar as mudanças desejadas? Ou continuaremos pedindo?
Até que ponto estamos sendo atores sociais?
Como se relacionar com o poder? Disputar o poder pelo poder é o caminho?
As Políticas Públicas de Juventude vem sendo discutida desde a década de 90, como exemplo temos a PJMP. Uma demanda anterior as discussões do Estado, para a construção do marco legal das PPJs.
Atualmente os órgãos e espaços liderados pelo governo estão se perdendo em brigas de forças políticas partidárias. Qual é o real projeto de transformação social que estes estão desenhando? A sociedade civil realmente está influenciando ou só protagonizando? Como podemos intervir diretamente nas PPJ?
Como estamos nos relacionando com o poder e a força? Qual é o nosso projeto? Sentimos-nos força, para propor mudanças substanciais nas nossas vidas?
Qual é a forma de participação que devemos adotar? Como não se perder em discussões superficiais? Precisamos entender melhor o funcionamento das estruturas.
Onde está o diálogo? Onde ele está acontecendo? Por que as pessoas não se organizam para dialogar?Como estamos nos relacionando com as outras pessoas? Estamos abertos a ouvir? Como fazer para encontrarmos um ponto em comum?
O que veio primeiro? A apatia e o desinteresse que acarretou a criação dessa estrutura ou esta estrutura criaram a apatia e o desinteresse?
Como não se deixar consumir pelo imediatismo do dia a dia e a visão linear da história, o fazer aqui para chegar ali?
Como podemos mudar a realidade do hoje?
Muitas das perguntas não iremos encontrar a resposta de um dia para o outro. No entanto, é importante mantermos a consciência alerta, para estarmos nos auto-avaliando constantemente, as nossas posturas, ações, escolhas por certos caminhos, o agir coletivo, etc.
Até onde estamos indo? Como estamos nos programando? Qual é o nosso sentido nesse processo?Qual é o meu sentido individual nesse processo? O que me faz estar aqui? O que tudo isso tem haver com a minha história de vida e com o coletivo? Quais são os nossos sentidos? O que nos move?

Novo encontro do Fojupe para debater o rumo das políticas de juventude na região metropolitana do Recife

O Fojupe prepara novas atividades de incidência politica pós eleições 2012, desta vez, iniciaremos com realizações de rodas de diálogos e também entregaremos a nossa plataforma eleitoral para os prefeitos eleitos na Região Metropolitana do Recife. A nossa próxima reunião para organizar as rodas será no dia 06 de novembro, às 17:00hs, na sede da Etapas, na Boa Vista, no centro do Recife. O tema central das rodas é "Políticas Públicas de Juventude e Governos Eleitos". Esperamos todos vocês para construímos juntos esse canal de dialogo com as juventudes, gestores e demais organizações que promovem ações para os jovens em Pernambuco. Informações: 3231-0745.